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JudôSC testa dinâmica de cartões para revisão de pontuações

thumb noticias 13/11/2024

O sistema está em testes desde o Troféu Santa Catarina para Menores, realizado em outubro e teve grande destaque durante o Meeting Interestadual Interclubes, realizado de 1 a 3 de novembro em São José.
Consiste na utilização de cartões, brancos para os técnicos e verde e vermelho para a mesa de arbitragem. Ao discordar com uma pontuação marcada ou não, o técnico levanta o cartão e a arbitragem determina a revisão do golpe pelo vídeo-retardo. Quando obtém sucesso em sua solicitação o técnico recebe, da mesa, a sinalização com o cartão verde e continua com a possibilidade de solicitar nova revisão. Se a marcação inicial da arbitragem for mantida, a mesa expõe o cartão vermelho e o técnico perde a chance de novo pedido, até o final do combate.
Este período de testes serve, especialmente, para a coleta de dados e avaliação dos reais benefícios do sistema. Somente depois de uma análise criteriosa do processo é que esta prática pode se efetivar de forma oficial. O Coordenador de Arbitragem da FCJ, Jimmy Ribeiro, enfatiza que o repasse destes dados à CBJ é fundamental para que isto seja adotado em outra esfera. Diz, ainda, sobre a aceitação do sistema: “fazendo uma análise geral dos últimos eventos, incluindo o Meeting, foi perceptível que os árbitros ficaram à vontade com o sistema e que os técnicos, em sua maioria, mantiveram a ordem e a concordância com as decisões tomadas."
O Sensei Carlos Konishi, técnico da ACHA, de Chapecó, aprovou a novidade: “quem acompanhou os eventos percebeu que as revisões de vídeo foram mais rápidas e, em geral, respeitadas. A competição flui melhor, a torcida reclama menos e as discussões mais enfáticas entre técnicos e árbitros não acontecem mais. Percebi os técnicos que normalmente se exaltam, mais contidos e que os eventuais erros de arbitragem tiveram influência menor no resultado das lutas. Conversei com muitos colegas e a aprovação é praticamente unânime, apenas com observações de um ou outro detalhe. Mas isto deve se adequar ao longo do tempo”.
O departamento técnico da Federação Catarinense está em estudos para que haja um espelhamento do monitor de revisão, para que os técnicos e a torcida, que em geral estão do lado oposto à mesa, possam acompanhar, em tempo real, a revisão. O Presidente Moises Penso, ressalta: “aprimorar o sistema vai depender de investimento, logística e adaptação de árbitros e técnicos. Mas tudo o que for necessário para melhorar o processo de arbitragem deve ser adotado. Não vamos medir esforços para isso”.

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